Tem gente que chega até o grupo da Fundação Jaqueira pedindo para ser voluntário, se
mostrando amigo e solidário, e daí então proclama a palavra mágica: queremos ajudar, queremos ser voluntários.
Por mais que sejamos aptos a conhecer o ser humano, sempre há surpresas. E desagradáveis. Aquela pessoa que você aceita como voluntário, passa a ser um inimigo em pele de cordeiro. Muitas vezes por ter dificuldade de acesso ao mercado de trabalho tenta de todas as formas se aproximar de instituições sem fins lucrativos para conseguir se beneficiar.
E quando pensamos que estamos com o voluntário estamos com o falso voluntário ou a falsa voluntária. As pessoas que agem assim podem responder por diversos danos a instituição. Podem também ter que pagar todos os custos dos advogados da instituição.
Voluntariado é coisa séria. É para quem pode ser. Quem gosta de ser.E para quem pode honrar compromissos.
As instituições podem ofertar ajudas de custo, se isto for possível. Mas se não tiverem condições não serão obrigadas a isto. A questão de horário para o voluntariado é previamente definida para não gerar desconforto tanto para o voluntariado quanto para a organização.
Para evitar problemas com os voluntários, o Ministério Público Estadual adverte as instituições por ele assistidas no sentido de que os voluntários assinem termo.
Assim, as partes estão igualmente protegidas.No caso da Fundação Jaqueira, temos um exemplo recente e dos mais desagradáveis. Uma pessoa se aproximou cheia de boas intenções e desejos para ser voluntária. Assinou o termo e foi aceita como tal.Surpreendentemente, embora sendo apresentada a mais de uma centena de pessoas como voluntária, passou a cobrar o serviço voluntário realizado, gerando problemas de intimidação a diversas pessoas.
Como se trata de uma história que interessa a todo o terceiro setor, pois trata-se de pessoa de caráter discutível já que uma pessoa não poderá ocupar a condição de voluntária e contratada da mesma instituição. Usar a boa fé de organizações do terceiro setor e de caráter filantrópico para auferir recursos é ato para avaliação e análise jurídica, constituindo-se por si só ato de abuso.
Por esta razão estamos trazendo o tema, pois interessa a todas as instituições filantrópicas, e informando que não aceitaremos mais voluntários até que nosso setor jurídico defina a situação.
Na verdade, a instituição fica prejudicadissima quando confia em um voluntário errado.
Mas felizmente, nosso departamento jurídico é ágil, eficaz e eficiente. E seguimos todas as normas do Ministério Público tanto Estadual quanto Federal.
Além disto a Fundação tem sete diretores e diversos conselhos.
Com isto queremos dizer que lamentamos apenas que ainda seja impossível saber o que está por dentro de uma pessoa e suas intenções.
Sempre experimentei a condição de voluntária em diversas instituições com o dia e a hora marcada. Que maravilha poder servir, poder ajudar, poder estar próxima a uma instituição séria.
Voluntariado! que coisa linda!
Infelizmente, nem todos compreendem assim.
Querem apenas tirar proveito.
Aliás...não é mais fácil cobrar desde o primeiro dia?
Ser honesto é bom e faz bem a saúde.
Pensem nisto.
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quarta-feira, 5 de maio de 2010
"Deus: nos liberte dos falsos voluntários!". Prece para o terceiro setor.
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