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terça-feira, 9 de abril de 2019
Curso é oferecido por 'Polo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre o processo de Envelhecimento' da instituição.
Os encontros serão realizados quinzenalmente, às quintas-feiras, de abril a novembro deste ano, das 9h às 11h30. A iniciativa é destinada a cuidadores de pessoas com a doença, sendo familiares ou não, que desejam adquirir e compartilhar informações, sugestões de estratégias de enfrentamento de estresse, dentre outras questões.
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a doença degenerativa consiste em uma enfermidade neurológica com a morte de células cerebrais, levando à demência ou perda de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem.
A associação explica que, quando diagnosticado no início, é possível retardar o avanço da doença e ter mais controle sobre os sintomas, o que proporciona melhor qualidade de vida ao paciente e aos familiares. Os motivos que levam ao Alzheimer não são definidos, mas os principais fatores de risco são a idade e o histórico familiar.
Segundo levantamentos feitos pelo Polo, o Alzheimer acomete 35 milhões de pessoas no mundo e a perspectiva é de aumento do número de pacientes. Por isso, é importante preparar quem ficará com eles para este cuidado.
“O sujeito pode se sentir sobrecarregado e, durante o curso, vamos formar uma rede de apoio para tornar os cuidadores agentes capazes de promover seu próprio bem-estar e dos pacientes. O cuidador informal, familiar ou não, é uma referência, ele tem vínculo com o paciente, acompanhou a evolução da doença desde o início, por isso é alguém muito importante nesse processo”, explicou via assessoria a coordenadora do curso e enfermeira do Polo, Janice Rosa Paulino.
A ideia para o projeto surgiu a partir das dificuldades enfrentadas por cuidadores. “Vamos desmistificar algumas questões relacionadas ao Alzheimer. Muitos sintomas, por exemplo, são percebidos pelo cuidador como fingimento da parte do idoso, o que pode contribuir para o estresse. Assim, é importante esclarecer a sintomatologia e informar sobre organizações e suportes online que amparam os cuidadores”, disse a coordenadora.
Os encontros serão divididos em exposição teórica do tema, discussão e dinâmicas de grupo. As atividades lúdicas também serão utilizadas de acordo com as características de cada grupo.
As aulas serão temáticas e os conhecimentos das próprias pessoas serão utilizados e compartilhados e, com isso, as dificuldades serão identificadas. Abordando desde informações para compreensão da doença, passando por questões como alimentação, finanças e estresse, até aspectos jurídicos relacionados ao quadro da doença.
Janice explica que a doença exige a presença de cuidadores conforme o estágio do paciente. No primeiro, ele ainda mantém autonomia e o acompanhamento pode ser à distância. No estágio moderado, há maior exposição a riscos e é necessário o monitoramento crescente. No momento avançado, os cuidados tendem a ser constantes.
Fonte: G1 UFJF
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